Workshop aplica projeto Passagens em estudo da zona leste de SP

De 5 a 8 de maio, o IVM integrou a equipe multidisciplinar que ofereceu aos alunos de doutorado da Faculdade de Arquitetura do Mackenzie, SP, o workshop MOBILIDADE E ESPAÇO PÚBLICO: DESAFIOS DO PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO NA ZONA LESTE DE SÃO PAULO (PDE) .

Com o objetivo de propor cenários de integração dos corredores de ônibus previstos PDE às áreas adjacentes ao Parque Linear do Tiquatira, os alunos foram convidados a avaliar os aspectos relativos a qualidade e necessidades de passagens em 4 microrregiões da área, segundo as premissas e propostas do programa de mesmo nome lançado este ano pelo IVM internacional. Em grupos, os alunos de doutorado desenvolveram leitura crítica e projetos segundo a metodologia do Laboratório de Estratégias Projetuais  dirigido pelo professor Carlos Arriagada.

Esta atividade foi oferecida como parte das atividades de preparação do Workshop internacional WAT-UNESCO/FAU-UPM – São Paulo que ocorrerá em outubro/novembro de 2014, promovido em parceria com a Cátedra UNESCO CUPEUM, para o Projeto da Paisagem e do Ambiente da Universidade de Montréal.

O evento foi coordenado pelas professoras Angélica Benatti Alvim e Maria Isabel Villac , com o apoio dos professores Eunice Helena Abascal, Carlos Arriagada e Mauro Claro, Pérola Felipette, Vera Cristina Osse e do Instituto para a Cidade em Movimento (IVM) – pesquisadora Luiza Andrada e Silva.

Zona Leste – Com 3,9 milhões de habitantes, a zona leste concentra 35% da população da capital e apenas 16% dos postos de trabalho da metrópole. Por isso, quase a metade das pessoas economicamente ativas que lá vivem se desloca para fora da região para trabalhar, o que superlota o transporte público e as vias de acesso. Para conter a peregrinação, o PDE prevê um pacote de estímulos econômicos para levar empresas até lá como isenção de IPTU, suspensão de cobrança de INSS, entre outras medidas (Revista Veja, abril de 2014).

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OBJETIVOS

O Workshop consistiu no desenvolvimento de métodos e ensaios que promovam estratégias projetuais por meio de diagramas que possam ser aplicados em territórios urbanos em processo de degradação, condição esta que permite a construção de novos desenhos urbanos por meio da definição de PASSAGENS” como o elemento de estruturação de um território.

O território urbano escolhido é o “Eixo Tiquatira” como objetos para o desenvolvimento das PASSAGENS” como elemento resultante de estratégias que consistem em estabelecer equilíbrio na relação urbana do setor escolhido e seus nós conectivos, através de um processo de aplicação de ações táticas promotoras de urbanificação uma vez que essa mesma, está condicionada a estratégias projetuais que levam em consideração as pré-existências econômicas, governamentais, sustentabilidade e de urbanidade, promovendo o desenvolvimento de cenários Urbanos com enfoque em territórios urbanos, promovendo conexões e setores urbanos aprazíveis.

ABRIR A PASSAGEM  PARA DAR ACESSO AO DIREITO À CIDADE

Passagens é um projeto de  pesquisa-ação dedicada à gestão
contemporânea das passagens como garantia
da mobilidade das pessoas ou bairros isolados.

Ao colocar na agenda a superação de barreiras
urbanas, o Instituto Cidade em Movimento
quer chamar a atenção para as passagens «do
século 21”.
FACILITAR A PASSAGEM PARA FACILITAR O MOVIMENTO

As metas do projeto

♦ Incitar os atores da cidade a pensar e
desenvolver microarticulações realizáveis de
maneira rápida e com orçamentos acessíveis
pode contribuir para a urbanidade e para a
qualidade da vida urbana.
♦ Demonstrar como uma pequena intervenção,
por meio da arquitetura, do projeto, da
apropriação, da movimentação etc. pode
modificar a relação entre dois territórios, dois
modos de transporte.
♦ Valorizar a passagem como uma dupla
experiência de urbanidade e de mobilidade.
Adotar uma abordagem sustentável
contribuindo para melhorar o desempenho do
uso dos meios não motorizados e a construção
das continuidades urbanas.
♦ Estimular novas maneiras de fazer cidade, que
associem o público e o privado e conjuguem
diferentes campos técnicos e de especialização.
♦ Desenvolver uma nova reflexão inovadora
sobre os modos de apropriação e participação da
sociedade civil, sobre os serviços públicos e
sobre os moradores enquanto pedestres.
♦ Testar in loco a construção de novas
passagens em diferentes cidades do mundo:
convocar concursos de projeto e de arquitetura
seguidos de atividades, propostas de serviços e
de ampliação da informação, performances
artísticas.
♦ Convocar o grande público por meio de
exposições, projeção de filmes, encontros e
publicações.