O arquiteto e urbanista francês Pierre Alain Trévelo desembarcou em São Paulo na última quinta-feira, dia 18, e ficou na cidade durante cinco dias. Além de conhecer lugares emblemáticos como Minhocão e Largo do Arouche, ele também participou de visitas, reuniões e debates públicos. Em todos estes eventos, Trévelo destacou a concepção da “super superfície”, de um espaço livre para todos, que somente pode ser concebido a partir da consulta e da participação da sociedade civil na avaliação do espaço público.
Na sexta-feira, dia 19, Trévolo palestrou no encontro “O que há de público no espaço público da cidade”, promovido pelo IVM em parceria com a Academia Paulista de Letras e Consulado da França. O evento contou com a presença de Cecília Lotufo, ativista e fundadora do Movimento Boa Praça, e do arquiteto e urbanista Valter Caldeira, do IVM/Mackenzie. Tendo como ponto disparador da discussão a proposta de “revitalização” do Largo do Arouche, Trévelo apresentou o projeto da Praça da República, em Paris: um espaço antes ocupado por carros e marcado pela velocidade, hoje um lugar livre para diferentes usos e usuários. Durante a palestra, ele enfatizou o processo de dois anos de discussão e consulta pública para conceber a proposta final.
No sábado, Trévelo visitou o Jardim Ângela, com o objetivo de conhecer o território contemplado pelo concurso Passagens, junto com a equipe do IVM e do Consulado da França. Ele, que já foi jurado nos concursos Passagens Besòs (Barcelona/Espanha) e Passagens Middle City (Toronto/Canadá), vê com grande potencial a criação de projetos que contemplem a região e fortaleçam a mobilidade pela perspectiva da dimensão humana.
Pierre Alain Trévelo, da TVK Architectes Urbanistes, conversa com moradores e ativistas do Jardim Ângela. Foto: Divulgação IVM
Na última segunda-feira, o urbanista ainda participou do seminário “Patrimônio em Debate”, no Museu da Cidade – Solar da Marquesa, a convite da Secretaria Municipal de Cultura da Cidade de São Paulo e do Departamento do Patrimônio Histórico (DPH). O evento contou com a mediação de Mariana de Souza Rolim (do DPH) e participação de Marcos Cartum, arquiteto da Secretaria Municipal de Cultura e autor de obras públicas como a Praça das Artes.
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