Após dois anos de intensa atividade em 20 países, o programa “Passagens”, do Instituto Cidade em Movimento (IVM), chega ao fim de sua primeira edição.
O balanço desse biênio de estudo, trabalho a criação está resumido numa exposição prevista para começar em Paris, em maio de 2016, e que, depois, percorrerá cidades de três continentes.
Passagem Pommeraye, em Pontchâteau, citada em filme de Jacques Demy sobre o estudo dos passos de Paris, de Walter Benjamin
Um vídeo sobre a exposição, produzido na Espanha, já pode ser visto aqui. São 156 passagens nas Américas, Europa, África e Ásia.
Os números do balanço não deixam dúvida sobre a posição do “Passagens”como um dos mais importantes programas de urbanismo postos em prática, nos últimos anos, em escala planetária. Confira:
BALANÇO
-Eventos em 20 países das Américas, Europa, África e Ásia;
-Mais de 40 parcerias do IVM nesses países: com cidades, universidades, agências de integração regional, empresas públicas e privadas e ONGs;
-11 concursos internacionais de arquitetura e urbanismo, com mais de mil candidatos;
-12 workshops, com participação de 650 estudantes de arquitetura, urbanismo e áreas afins;
-Preparação de uma primeira exposição internacional sobre os projetos, circulando em três continentes, e mais seis exposições locais (Buenos Aires, Montevidéu, Toronto, Barcelona, Hong Kong e Xangai);
-Dez debates públicos e conferências;
-Duas publicações, para a América Latina e Barcelona;
-Dez portais na internet; dois blogs;
A exposição final, que começará em Paris em 2016, ocorrerá em paralelo com fóruns de troca de experiências.
A edição de um catálogo, com todos os projetos e casos concretos analisados durante o programa, concluirá essas primeira etapa do “Passagens”.
HUMANIZAR E INTEGRAR
O “Passagens” é um programa lançado em 2013 pelo Instituto Cidade em Movimento para estudar e propor aperfeiçoamentos nessas estruturas que cortam e, com frequência, segregam áreas inteiras da paisagem urbana.
São as autopistas que atravessam as cidades, as linhas férreas que cruzam os velhos subúrbios, os viadutos das novas malhas rodoviárias, as pontes, passarelas, túneis, passagens subterrâneas de pedestres etc.
Ou mesmo as escadarias improvisadas, os becos e pinguelas que ligam ruas e bairros modestos nas periferias e no centro de metrópoles ricas e pobres.
Como humanizar e integrar ao tecido urbano das cidades essa malha imensa de pontos de afluxo e interseção de pessoas, automóveis e linhas de transporte coletivos, dando sempre a prioridade ao ponto de vista do pedestre e do cidadão comum?
O programa “Passagens” tem por meta apresentar respostas criativas e propor soluções viáveis a tais questões.