Iniciativa mostra que dá para ir a pé para escola. E que criança sabe de mobilidade

A arquiteta-urbanista Irene Quintáns, acompanhada pela ex-superintendente de Habitação da Prefeitura de São Paulo - Elisabete França, e Gilson Rodrigues, presidente da União de Moradores de Paraisópolis, no momento da premiação.

A arquiteta-urbanista Irene Quintáns, Gilson Rodrigues, presidente da União de Moradores de Paraisópolis e Elisabete França, ex-superintendente de Habitação da Prefeitura de São Paulo , recebem prêmio Mobilidade Minuto 2014.

Gilson Rodrigues, presidente da União de Moradores de Paraisópolis

A iniciativa Caminho Escolar de Paraisópolis implementada na comunidade de Paraisópolis, na zona sul da capital de São Paulo, entre os anos 2011 e 2013, representa a primeira iniciativa brasileira para as áreas escolares se tornarem mais seguras em bairros vulneráveis.

A ação tem como objetivos fomentar o sentido de respeito e de apropriação do espaço público para os membros da comunidade escolar, melhorar a segurança viária e garantir o direito das crianças à cidade. Na primeira fase, a ação foi delimitada a duas áreas que concentram as nove escolas que atendem a população em idade escolar da região (8.500 alunos de 6 a 14 anos) e, nas quais, cerca de 85% das crianças da amostra realizada caminham de sua casa até a escola sozinhas ou em grupo.

Na segunda fase, os membros do projeto envolveram a comunidade, começando com as lideranças e continuando com todos os vizinhos. Já no segundo semestre de 2012, as atividades foram focalizadas na Educação em Segurança Viária, após os dados da pesquisa realizada mostrarem a falta de percepção por parte das crianças e dos adolescentes quanto ao perigo de atravessar a rua sem cuidado e desconhecimento de regras de trânsito.

De acordo com a arquiteta e urbanista Irene Quintáns, idealizadora da iniciativa, o fato de o projeto ter ganho o Prêmio Mobilidade Minuto “é muito importante para trazer visibilidade a uma parcela da população que é meio invisível”. Ela relata que, geralmente, os projetos de mobilidade urbana já implantados são voltados ao público adulto, sendo que as faixas etárias criança-jovem nunca são contempladas. “O prêmio está trazendo visibilidade a esse público e para mim isso é muito importante”, defende.

 

Trabalho coletivo – Participam da iniciativa os centros escolares e as famílias (pais e alunos) que, juntos, contribuem para o sucesso do projeto que além de aumentar a segurança nos trajetos de ida e volta das escolas, incentiva o debate e promove o fortalecimento das amizades e da autonomia infantil.

Atualmente, Caminho Escolar de Paraisópolis, que tem apoio de órgãos municipais, tenta ampliar parcerias com a iniciativa privada para expandir sua área de alcance e viabilizar outras soluções de mobilidade para a comunidade.

 

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