CALÇADAS VERDES E ACESSÍVEIS
SAO PAULO, SAO PAULO
Quem precisa circular a pé pela região da Vila Pompéia, Zona oeste de São Paulo, sofre com a situação das calçadas, que além de mal conservadas, apresentam degraus imensos (de até 50 cm de altura) construídos irregularmente para dar acesso às garagens. Para evitar acidentes os pedestres preferem caminhar pelas ruas, correndo risco de atropelamento. A Appa (Associação Pompéia de Preservação Ambiental) em parceria com a ONG Universidade da Água,consciente do problema do bairro, criou a Campanha “Calçadas Verdes e Acessíveis” para padronizar calçadas de acordo com as normas da prefeitura e acrescê-las de nichos verdes, garantindo assim acessibilidade e permeabilidade. O projeto foi implantado no lado ímpar da Rua Tavares Bastos, entre a Tucuna e a Caraíbas e na Rua Tucuna (lado impar) entre a Av. Prof. Alfonso Bovero e a Tavares Bastos , inaugurado em 7 de outubro de 2008 no dia da Pompéia. As calçadas acessíveis são obrigatórias e de responsabilidade dos donos dos imóveis, mas a falta de fiscalização faz com que a legislação sempre seja desrespeitada. a Appa criou a Campanha em parceria com a Uniagua, apoiada pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, pela Subprefeitura da Lapa e pela, até então, vereadora Mara Gabrilli que é portadora de tetraplegia em razão de acidente de automóvel. A Construtora e Incorporadora Paulo Mauro, que tem vários empreendimentos imobiliários no bairro da Vila Pompéia, topou patrocinar, bancando toda a reforma dos trechos da Tavares Bastos e Tucuna.
A construção dos novos passeios, além de melhorar a acessibilidade o objetivo era reduzir o risco de acidentes, deixar o quarteirão mais bonito e mais verde, diminuindo também os riscos de alagamentos, com o aumento da permeabilidade do solo.
Diretamente mais de 5.000 pessoas que vivem caminham no quarteirão. Indiretamente todo o bairro
O projeto eliminou 99% dos degraus. O quarteirão ficou mais verde. Melhorou a paisagem urbana. As pessoas que antes caminhavam pelas ruas passaram a caminhar pela calçada reformada. Houve até testemunho de idosos que não saim de suas casas porque não conseguiam transpor os degraus e dependiam de outras pessoas para remédios-farmácia e padaria. Condomínios verticais no bairro (novos e velhos) passaram a adotar o novo modelo da calçada. Teve grande repercussão na mídia. E a publicação sobre o caso serviu como subsidio de vários debates e projetos de lei na Câmara de São Paulo
A parte mais difícil, no entanto, foi conseguir a autorização dos moradores, mesmo sendo sem custo para os proprietários dos imóveis, os que já haviam sido notificados pela prefeitura ficaram receosos em aceitar a reforma. Eles estavam mais preocupados com a entrada dos seus carros. Foi feito um forte trabalho, vizinho por vizinho demonstrando o projeto e seus benefícios. Após a implantação a aprovação foi unânime gerando inclusive 'inveja" dos moradores do lado par das ruas, excluído do projeto
No ano de 2007