Passagens Jardim Ângela: Conheça o projeto do Permacultoras Coletivas

Desaceleração e reuso das águas, proteção dos solos expostos com a resiliência da vegetação primária e paisagismo comestível são algumas propostas do Permacultoras Coletivas para as passagens no Jardim Ângela. Escolhido como um dos seis finalistas do Passagens, o coletivo pretende integrar a população em um projeto participativo com as temáticas que englobam a Agenda 21, a Política Nacional de Resíduo Sólidos, o Estatuto da Cidade e o Plano Diretor.

O projeto sugere ações específicas para a passagem do Bambuzal e está baseado nos pilares de produtividade, impacto visual, espaço multiuso e resgate cultural. “Nosso objetivo é transformar este espaço público em promotor de qualidade de vida, cidadania e participação por meio de uma abordagem que desperte o sentimento de pertencimento e responsabilidade sobre o local”, segundo o Coletivo.

Unindo os saberes e as práticas ancestrais com as novas tecnologias, o grupo é formado por uma equipe interdisciplinar que atua em questões socioambientais, ecologia, urbanismo, desenvolvimento sustentável, inclusão social, gênero e ancestralidade.

 

 

 

A motivação para participar do Passagens Jardim Ângela surgiu do interesse do próprio coletivo em fortalecer suas ações por uma cidade mais democrática e inclusiva. “O concurso traz a oportunidade de atuar coletivamente, com conhecimentos somados e multiplicados, intervindo nos territórios junto com seus usuários, com propósitos e dinâmicas mais generosas para as pessoas e a natureza local”, afirma a equipe. O coletivo se inspira na Rede Permaperifa, fundada por Diogo Menezes (também integrante do Permacultoras), que atua nas periferias, fomentando discussões e ações relacionados à permacultura, a partir de uma proposta de relação horizontal e participativa com a comunidade.

Para aprimorar o projeto, as seis equipes finalistas participam do workshop internacional entre os dias 5 e 10 de junho. A expectativa, segundo o grupo, é poder entender as dinâmicas, as problemáticas e as potencialidades da região principalmente sob o ponto de vistas dos moradores locais. “Nós queremos ampliar o olhar a partir de outras perspectivas, por meio das trocas, das conversas, da participação e da construção coletiva de ideias que possam surgir entre as equipes finalistas e os profissionais envolvidos”, conclui.

 

Permacultoras Coletivas. Da esquerda para a direita: Victor Molina (arquiteto e urbanista), Andréa Conard (arquiteta, urbanista e permacultora), Carla Wanessa (bióloga e educadora ambiental), Veridiana Toledo Rego (engenheira agrônoma), Diogo Menezes (gestor de obras e integrante da Rede Permaperifa). Crédito: Acervo Pessoal

Leia mais sobre a proposta do Permacultoras Coletivas ou veja os projetos de todos os finalistas em: www.concurso.cidadeemmovimento.org/finalistas