IVM promove apresentação do Passagens Jardim Ângela

No próximo sábado, 27 de agosto, o Instituto Cidade em Movimento (IVM) realiza no Jardim Ângela um café da manhã com moradores, comerciantes e pesquisadores para apresentação e debate sobre as pesquisas feitas na região. Por dois anos o IVM tem realizado pesquisas, medições e estudos sobre as Passagens – as escadarias, vielas, travessias e conexão com a rede de transporte público no distrito. Queremos debater os dados obtidos, exibir os vídeos que produzimos e conversar sobre os projetos futuros para melhoria da mobilidade local, deste bairro que é o portal de entrada da região sul da cidade.

O evento é promovido pela rede de pesquisadores do Jardim Ângela com o apoio da Associação dos Santos Mártires. A entrada é gratuita.

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Pesquisa interdisciplinar

Desde 2015, o Instituto da Cidade em Movimento (IVM) realiza a pesquisa Passagens Jardim Ângela com o objetivo fomentar a reflexão e a inovação dos pequenos espaços de mobilidade, cruzamentos, passarelas, escadarias, vielas, visando revalorizar e dar sentido social a esses articuladores urbanos essenciais.

Esta iniciativa está inserida em um programa internacional, lançado pela sede do IVM em Paris, que tem promovido concursos profissionais de arquitetura, e de curtas-metragens, levantamentos, debates públicos e publicações sobre o tema. O mote principal de todas estas iniciativas é recuperar a caminhabilidade e o valor sócio-cutural das passagens escolhidas para estudo.

 Para a pesquisa no Jardim Ângela, distrito da zona sul de São Paulo, o Instituto optou pela abordagem interdisciplinar e para isso convidou um grupo de cerca de vinte pesquisadores e profissionais da área da história do urbanismo, da arquitetura, da mobilidade, do deslocamento infantil e da produção cultural para realizar ao longo de um ano e meio de trabalho um retrato sobre o estado atual da micromobilidade na região. Esta área passa por uma completa reestruturação com a implantação de um eixo de BRT (Bus Rapid Transport) destinado a tornar mais fluido o tráfego atual da avenida principal M’Boi Mirim, hoje totalmente saturado. O impacto urbano desse empreendimento gera uma barreira física que ameaça a rede de pequena mobilidade local do Jardim Ângela, destinada principalmente ao uso do pedestre. O IVM, portanto, quis construir um balanço das dinâmicas existentes do território, utilizando o conceito de passagens como fio condutor.

A pesquisa evidenciou a potencialidade multifuncional que as passagens oferecem, por meio de oficinas culturais feitas in loco com profissionais e lideranças locais. A equipe norteou as ações prioritárias a serem implantadas na região para fortalecer as dinâmicas culturais existentes e impulsionar novas manifestações ao resgatar as passagens como lugares de cidadania.

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