As cidades, no século XX, assistiram em primeiro plano a transição da escala humana para a escala do automóvel pela ascensão de autovias e políticas de transporte individual. Por vezes, não há espaço ou condições para sequer caminhar e tornam-se barreiras urbanas. As consequências são locais inóspitos e com pouca vida, desinteressantes às cidades.
No entanto, as discussões sobre como fazer as cidades mais interessantes ao pedestre estão em alta – e desde os anos 60 pode-se perceber, ao redor do mundo, obras e projetos que repensam o espaço público. Viadutos que deram lugar à parques, escadarias abandonadas que tiveram novos usos apropriados, informação que vai além do literal e torna-se cultura são alguns dos exemplos.
Canalizado versus revitalizado: o renascer do Rio Cheonggyecheon, em Seoul
O espaço urbano se vê em constante mutação; o que hoje é dominado por automóveis, amanhã pode ser requalificado em espaço público e de convívio. Como parte do programa internacional “Passagens”, o IVM Brasil promoveu uma série de estudos, organizando um hub de pesquisa sobre o tema.
Como as barreiras podem se tornar uma oportunidade de conexão? Reabilitar as passagens é dar novo sentido social, urbano e cultural para os articuladores da mobilidade!
A cidade, permanência e passagem, é discutida pelo IVM, que traz exemplos como a situação atual do Elevado Costa e Silva (Minhocão), em São Paulo, e a demolição da Perimetral e a revitalização urbana no Rio de Janeiro. O hub de pesquisa também apresenta hipóteses projetuais como os estudos sobre o BRT na zona norte do Rio de Janeiro, novas proposições para a rua Teodoro Sampaio, em São Paulo e intervenções em andamento.
Conheça alguns destes estudos:
A grande passagem Teodoro Sampaio: pesquisa e projeto para a Vila Madalena